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Hillary pede que ‘vontade do povo’ seja respeitada nas eleições da Venezuela

Pré-candidata democrata à presidência dos EUA afirmou estar ‘indignada pelo assassinato a sangue frio’ do opositor Luis Manuel Díaz, que morreu após receber um disparo durante um ato de campanha eleitoral

Atualização:

WASHINGTON - A pré-candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, afirmou na segunda-feira que é preciso respeitar a "vontade do povo" nas eleições legislativas do próximo domingo na Venezuela, diante das denúncias de falta de garantias.

"A Venezuela vota este final de semana. Devemos assegurar que se respeite a vontade do povo", declarou Hillary após realizar um discurso no centro de estudos Atlantic Council de Washington sobre a liderança da mulher.

Pré-candidata democrata à presidência dos EUA,Hillary Clinton Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP

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"Nossas vozes devem alçar-se em nome da democracia na Venezuela", ressaltou a ex-secretária de Estado dos EUA ao ser perguntada a respeito do pleito, em alusão ao apoio que os países do continente deveriam dar a um processo democrático íntegro na Venezuela.

Hillary, grande favorita para conseguir a candidatura democrata à Casa Branca em 2016, também se declarou "indignada pelo assassinato a sangue frio de Luis Manuel Díaz (dirigente opositor venezuelano) durante um comício na semana passada".

Díaz, secretário do partido opositor Ação Democrática (AD), morreu no dia 25 de novembro após receber um disparo durante um ato de campanha eleitoral do qual participava também Lilian Tintori, esposa do também opositor e líder do partido Vontade Popular, Leopoldo López, condenado a quase 14 anos de prisão.

Em comunicado emitido na semana passada, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, condenou a morte de Díaz, que não foi, segundo sua opinião, um "episódio isolado", mas inscreve-se em uma estratégia para "amedrontar a oposição".

Almagro também denunciou que, "recentemente, se multiplicaram as denúncias de falta de garantias no processo eleitoral" das parlamentares na Venezuela previstas para o dia 6 de dezembro.

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Mais de 19 milhões de venezuelanos estão habilitados para votar no domingo e eleger os 167 deputados da Assembleia Nacional. Há quase 15 anos, o chavismo tem maioria no órgão legislativo. /EFE

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