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Imagem preocupa McCann

Os McCann consultaram uma agência de comunicação de Lisboa e admitiram pagar uma quantia de 50 mil euros por mês para que a sua imagem fosse tratada na comunicação social portuguesa. O CM sabe que uma das primeiras empresas a ser contactada foi a empresa de António Cunha Vaz, que actualmente faz a assessoria de imagem do líder do PSD, Luís Filipe Menezes, mas que mesmo depois de discutido o preço e de o casal ter admitido pagar o valor em questão, a empresa acabou por recusar.
22 de Outubro de 2007 às 13:00
Kate disse à família que é visitada pelo fantasma da filha
Kate disse à família que é visitada pelo fantasma da filha FOTO: David Jones, Reuters
O contacto ocorreu há poucos dias e numa fase em que os pais de Maddie não têm qualquer representante em Portugal junto da Comunicação Social. Coincidiu também com o encontro do primeiro-ministro inglês, Gordon Brown, com José Sócrates, em que o primeiro terá solicitado o empenho do Governo português na contenção da divulgação de factos do inquérito, em particular do resultado das análises. Nessa aproximação à empresa Cunha Vaz Associados os representantes do casal consideraram o preço alto – superior ao que pagam aos advogados – mas não fecharam a porta. A recusa desta empresa levou-os a equacionar outras hipóteses fazendo uma abordagem mais alargada ao mercado das empresas de comunicação. António Sousa Duarte, sócio da Communicare, que trabalha com Rogério Alves, advogado do casal e Bastonário, disse ao CM que a sua empresa “não foi consultada” e que o facto de trabalhar com este advogado é em si “um factor impeditivo de qualquer relação contratual com o caso”.
Rogério Alves declarou ontem ao CM que “não foi contratada uma empresa de comunicação nem será”. O processo sofreu um recuo por parte dos advogados do casal que, no entanto, chegaram a sondar outras das maiores empresas do mercado de comunicação e imagem.
Numa outra frente deste caso, o director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, deu ontem uma entrevista ao jornal espanhol ‘El País’ em que anuncia que seguirá dentro de dias para Inglaterra um grupo de polícias e o procurador-adjunto de Portimão, Magalhães de Menezes, com o objectivo de cumprir a carta rogatória. Nesta diligência vão ser interrogados os pais e os amigos que estavam na Praia da Luz de férias na noite em que desapareceu Madeleine.
PROCESSO DIGITALIZADO ESTÁ A SER LIDO EM LISBOA PELA PJ
A equipa de inspectores escolhida por Paulo Rebelo para o coadjuvarem na investigação do caso Maddie está a ler o processo em Lisboa. O processo encontra-se todo digitalizado e a equipa composta por investigadores dos departamentos de homicídios e do roubo deslocou-se no início da semana passada a Portimão para uma primeira abordagem ao caso e aos colegas que nele trabalham mas regressou de imediato a Lisboa.
A digitalização do inquérito foi iniciada pelos investigadores do Departamento de Investigação Criminal de Portimão pouco tempo depois de o caso ter sido aberto. Este trabalho afasta a tese de que o processo estaria desorganizado e careceria de alguma “arrumação de papelada”, segundo uma notícia publicada na última edição do semanário ‘Expresso’.
Esta notícia, que veiculava críticas à equipa de Portimão que estava com Gonçalo Amaral e Guilhermino de Encarnação no caso, causou algum mal-estar na Polícia Judiciária mas ninguém quis assumir o desagrado. A ideia de que agora foram destacados uns “super polícias” para o caso e que, implicitamente, nele trabalhavam outros menos qualificados, gerou alguma troca de galhardetes indirecta. Há, de resto, quem lembre que mesmo um experiente e qualificado inspector-chefe como António Teixeira, dos homicídios, tem casos de grande notoriedade por resolver. Apontam-lhe os casos do ‘Estripador de Lisboa’ e outros ligados aos meandros dos seguranças da noite. Este debate, porém, segundo algumas das fontes do CM, é considerado o pior caminho possível para um processo que tem os “olhos do mundo em cima”, na expressão de um alto dirigente da Polícia Judiciária.
INVESTIGAÇÃO SEGUE EM LONDRES
Numa entrevista dada ontem ao jornal espanhol ‘El País’, Alípio Ribeiro revelou que o grupo que vai cumprir a carta rogatória está pronta para viajar para Inglaterra. “Sim, está preparada, e dentro de uns dias viajará com uma equipa de polícias e com o delegado do Ministério Público de Portimão”, afirmou. O director da PJ, apesar de admitir que “falta um clic” à investigação, voltou a afirmar que todas as hipóteses estão em aberto no caso Maddie, sendo que a de homicídio é a que tem mais força. Alípio Ribeiro garante também que nunca sofreu pressões para iniciar a investigação como se se tratasse de um rapto, esclarecendo que as pistas iniciais assim o sugeriam. “Nunca sentimos pressão política. E a polícia britânica nunca foi um obstáculo. Desde o início que foram colaboradores magníficos”, disse Alípio Ribeiro ao ‘El País’.
ADVOGADO CONTRA NOTÍCIAS
O advogado do casal McCann e bastonário da classe, Rogério Alves, manifestou--se ontem na RTP contra as notícias que têm vindo a ser publicadas em Portugal sobre a investigação ao desaparecimento de Madeleine. Diz que se deve esperar pelo fim do inquérito para ver o que lá está mas que “continuam a sair notícias sobre o caso com fontes que não sabem o que lá está”. Rogério Alves é um dos advogados do casal, juntamente com Carlos Pinto de Abreu e mais dois colegas ingleses, um dos quais foi o defensor de Pinochet.
O CASO VISTO EM INGLATERRA
A imprensa britânica continua a relatar os últimos desenvolvimentos do caso Maddie. Dos jornais mais conhecidos, só o ‘The Guardian’ e o ‘The Independent’ não escrevem sobre a pequena Madeleine McCann.
'SUNDAY EXPRESS'
Gerry recebeu no sábado uma visita da polícia para poderem acertar os últimos detalhes de segurança. O objectivo foi permitir o seu regresso ao trabalho no Glenfield Hospital nos próximos dias.
'DAILY MAIL'
O líder da investigação Paulo Rebelo está furioso com a forma como seu antecessor Gonçalo Amaral deixou o processo. Além de ter deixado provas importantes de lado, não organizou factos.
SKY NEWS
Gerry deverá regressar ao trabalho ainda antes do Natal. Clarence Mitchell diz que o cirurgião ainda não decidiu se vai regressar a tempo inteiro ou se vai trabalhar em regime de part-time.
'THE SUN'
Poucos dias antes de ir de férias com os pais para o Algarve, Maddie fez um presente para os avós. Não teve oportunidade de entregá-lo. A avó, Susan Healy afirma que o vai guardar para sempre.
'NEWS OF THE WORLD'
O antigo chefe da polícia britânica, Lord Stevens escreve um artigo onde afirma que Kate e Gerry estão inocentes. E diz também que a PJ devia tê-los encarado como suspeitos desde o início.
PORMENORES
T’SHIRTS A 10 EUROS
“Não te esqueças de mim”, “Procurem a Madeleine” são algumas das inscrições gravadas nas t’ shirts que se vendem em FindMadeleine.com. Há para todos os tamanhos, os mais pequenos custam 10 euros.
SEM JORNALISTAS
Gerry escreveu no blogue pela última vez no dia 16. Fala no regresso à normalidade em Rothley. A presença de jornalistas à porta de sua casa é rara.
MUITA IMAGINAÇÃO
Alípio Ribeiro diz que o mediatismo do caso também se deve à imaginação das pessoas e sobretudo dos jornalistas. “Parece que de repente somos todos investigadores criminais”, afirmou ao ‘El País’.
TESTEMUNHAS
Segundo o jornal ‘The Sunday Times’, o casal McCann entregou à PJ uma lista de 25 testemunhas que deveriam ser investigadas.
NOTAS
NÃO SEDARAM OS MIÚDOS
Um jornal inglês afirma que os testes forenses realizados ao cabelo dos gémeos Sean e Amélie, provam que os McCann nunca deram sedativos aos filhos.
MENOS INSPECTORES
Segundo o ‘Daily Mail’, a equipa que está a investigar o caso Maddie foi reduzida. E em vez dos cem pessoas inicialmente envolvidas, já só existem 40.
CRÍTICA À INVESTIGAÇÃO
Um antigo chefe da polícia critica a PJ por, no início da investigação, não ter vedado o local do crime e por não pressionar as testemunhas.
KATE NÃO DORME
Susan Healy disse em entrevista a um media britânico que a filha Kate não consegue dormir, pois tem visões perturbadoras com a filha Madeleine McCann.
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