Foto: Claudio Alejandro Mufarrege/Flickr
Internacional

Sete cidades rumo a um futuro livre dos carros

Muito se discute na Região Metropolitana de São Paulo sobre o uso do automóvel como meio de deslocamento. Porém, a pauta não é exclusiva em nosso território, e outras localidades radicalizaram no assunto, e estão banindo o carro do seu centro expandido.

O site “The Cityfix Brasil” relacionou 7 cidades que entraram na briga. A ideia na verdade não é para o munícipe venda o carro, ou jogue ribanceira abaixo. Mas sim usar o automóvel com mais racionalidade, e sempre exigir que o poder pública invista melhor em transporte público:

Madri

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A medida tem como objetivo reduzir os níveis de poluição atmosférica, melhorar a mobilidade de ciclistas e pedestres, além de diminuir os índices de acidentes. Entre as áreas contempladas estão vários pontos turísticos de Madrid, como a Plaza Mayor e a Porta do Sol, onde fica o marco zero da cidade. A área abrange 190 hectares, onde poderão trafegar com carro somente quem mora na região. Já os caminhões que abastecem o comércio local deverão circular das 10h às 13h. (leia mais)

Paris

Foto: Luke Ma/Flickr
Foto: Luke Ma/Flickr

Paris deve usar a restrição para diminuir índices de poluição, primeiramente aos finais de semana e posteriormente nos dias úteis. A prefeita Anne Hidalgo anunciou que pretende banir a circulação de automóveis na região central.

Nos quatro distritos centrais da cidade Luz só poderão circular bicicleta, ônibus, táxis, carros de entrega e de emergência, além de claro os veículos de moradores locais. Junto com a medida, a prefeitura deve dobrar o número de ciclovias nos próximos seis anos. Todas as ações integram o projeto de transformar a cidade para os pedestres e ciclistas até 2020.

Chengdu

Imagem: Adrian Smith + Gordon Gill Architecture
Imagem: Adrian Smith + Gordon Gill Architecture

Uma nova cidade satélite planejada na China é modelo para o futuro da mobilidade: em lugar de uma organização urbana que torne o uso do carro necessário, as ruas foram desenhadas para que a maioria dos destinos possa ser alcançada com 15 minutos de caminhada. Apenas metade da área destinada às ruas e vias permitirá a circulação de veículos motorizados, e a cidade deve estar conectada a Chengdu, metrópole mais próxima, via transporte coletivo.

Hamburgo

Imagem Flierfy/Flickr
Imagem Flierfy/Flickr

Hamburgo é um exemplo de cidade que vem tornando considerável e progressivamente mais fácil a opção por não dirigir. Uma nova “rede verde”, que deve estar pronta nos próximos 20 anos, vai cobrir 40% da área da cidade e conectar os parques, possibilitando que as pessoas caminhem ou pedalem a praticamente qualquer lugar.

Helsinque

Foto: Claudio Alejandro Mufarrege/Flickr
Foto: Claudio Alejandro Mufarrege/Flickr

Quanto mais pessoas na cidade, menos carros serão permitidos nas ruas. Essa é a lógica da capital finlandesa que, em um novo plano, pretende transformar os bairros mais dependentes dos carros em áreas mais densas, caminháveis e conectadas ao centro da cidade por transporte coletivo. Helsinque também está criando novos serviços de mobilidade para facilitar a vida sem carro: um novo aplicativo em fase de testes, por exemplo, permite que as pessoas “encomendem” na hora um táxi ou uma bicicleta do programa de compartilhamento local ou encontrem a linha de ônibus ou trem mais próxima. A ideia é tornar a posse de um carro totalmente desnecessária dentro da próxima década.

Milão

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Em decorrência dos níveis de poluição, Milão está testando uma nova medida para restringir o uso dos carros na área central da cidade: deixando o automóvel em casa, as pessoas ganham vouchers para usar de graça o transporte coletivo. Para evitar trapaças, um sistema acoplado ao painel mantém o rastreamento da localização do carro. A cada dia que o carro permanece na garagem, a cidade envia um voucher valendo por uma passagem de trem ou de ônibus.

Copenhague

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Mais de metade da população de Copenhague vai de bicicleta para o trabalho todos os dias – um número nove meses maior que o registrado em Portland, a cidade com o maior índice de ciclistas nos Estados Unidos. Ao contrário da maioria das cidades, porém, a capital dinamarquesa começou a traçar esse caminho há muito mais tempo, com as primeiras zonas exclusivas para pedestres implementadas ainda na década de 1960. Atualmente, Copenhague tem 322 km de ciclovias e trabalha na construção de rodovias exclusivas para bicicletas.

Com as informações de “The Cityfix Brasil

Sobre o autor do post

Renato Lobo

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.

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